quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Tal como a relação entre memória e história, também as relações entre passado e presente não devem levar à confusão e ao ceticismo. Sabemos agora que o passado depende parcialmente do presente. Toda história é bem contemporânea, na medida em que o passado é apreendido no presente e responde, portanto, a seus interesses, o que não só é inevitável como legítimo. (LE GOFF, J. História e memória. São Paulo: Editora Unicamp, 2003., p: 51)

É incrível como nós vemos o que queremos e conseguimos modificar até mesmo o passado... Viva o ser humano e sua capacidade de ver e sentir de acordo apenas com seus interesses \o/

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Como eu cheguei aqui?


Se você nunca se fez essa pergunta, prepare-se que mais cedo ou mais tarde irá fazê-la. Não apenas porque a inquietação faz parte dos nossos impulsos humanos, mas principalmente porque cada “sim” que dissemos algum dia nos encaminhou para diferentes lugares, sem nem ao menos nos consultar.
Claro que não dá pra esquecer que temos total controle dos nossos pés, mas infelizmente - ou quem sabe felizmente-, ainda não somos capazes de antecipar o que vem logo após os nossos movimentos, o que precede um simples impulso. A escolha sempre foi e sempre será mais ágil do que a consequência. E é justamente essa limitação que incomoda, mas também comove.
Não entender “como” pode ser o mistério que faltava. Não saber “o porquê” pode ser um estímulo para a imaginação. A melhor forma de alimentar a nossa expectativa. O único meio de tornar o caminho uma aventura.

Fernanda Ganoa

domingo, 1 de julho de 2012

É ou não é, Zé Mané!!! I will survive!!

sábado, 22 de maio de 2010

Mundo grande

Sentimento que não cabe em mim...

Mundo grande - Carlos Drummond de Andrade

Nao, meu coração não é maior que o mundo.
Ê muito menor.
Nele não cabem nem as minhas dores.
Por isso gosto tanto de me contar.
Por isso me dispo.
Por isso me grito,
por isso freqüento os jornais, me exponho cruamente nas livrarias:
preciso de todos.

Sim, meu coração é muito pequeno.
Só agora vejo que nele não cabem os homens.
Os homens estão cá fora, estão na rua.
A rua é enorme. Maior, muito maior do que eu esperava.
Mas também a rua não cabe todos os homens.
A rua é menor que o mundo.
O mundo é grande.

Tu sabes como é grande o mundo.
Conheces os navios que levam petróleo e livros, carne e algodão.
Viste as diferentes cores dos homens.
as diferentes dores dos homens.
sabes como é difícil sofrer tudo isso, amontoar tudo isso
num só peito de homem... sem que elo estale.

Fecha os olhos e esquece.
Escuta a água nos vidros,
tão calma. Não anuncia nada.
Entretanto escorre nas mãos,
tão calma! vai’ inundando tudo...
Renascerão as cidades submersas?
Os homens submersos —— voltarão?
Meu coração não sabe.
Estúpido, ridículo e frágil é meu coração.
Só agora descubro
como é triste ignorar certas coisas.
(Na solidão de invidíduo
desaprendi a linguagem
com que homens se comunicam.)

Outrora escutei os anjos,
as sonatas, os poemas, as confissões patéticas.
Nunca escutei voz de gente.
Em verdade sou muito pobre.

Outrora viajei
países imaginários, fáceis de habitar.
ilhas sem problemas, não obstante exaustivas e convocando ao suicídio

Meus amigos foram às ilhas.
Ilhas perdem o homem.
Entretanto alguns se salvaram e
trouxeram a notícia
de que o mundo, o grande mundo está crescendo todos os dias,
entre o fogo e o amor.

Então, meu coração também pode crescer.
Entre o amor e o fogo,
entre a vida e o fogo,
meu coração cresce dez metros e explode.
— Ó vida futura! nós te criaremos

sexta-feira, 25 de julho de 2008

O Pequeno Príncipe

- Bom dia - disse o pequeno príncipe.
- Bom dia - respondeu o manobreiro.
- Que fazes aqui? - perguntou-lhe o principezinho.
- Eu separo os passageiros em blocos de mil - disse o manobreiro. - Despacho os trens que os carregam, ora para a direita, ora para a esquerda.
E um trem iluminado, roncando como um trovão, fez tremer a cabine do manobreiro.
- Eles estão com muita pressa - disse o pequeno príncipe. - O que é que estão procurando?
- Nem o homem da locomotiva sabe - disse o manobreiro.
E apitou, vindo em sentido inverso, um outro trem iluminado.
- Já estão de volta? - perguntou o príncipe...
- Não são os mesmos - disse o manobreiro. - É uma troca.
- Não estavam contentes onde estavam?
- Nunca estamos contentes onde estamos - disse o manobreiro.
E o apito de um terceiro trem, iluminado soou.
- Estão correndo atrás dos primeiros viajantes? - perguntou o pequeno príncipe.
- Não correm atrás de nada - disse o manobreiro. - Estão dormindo lá dentro, ou bocejando. Apenas as crianças apertam seus narizes contra as vidraças.
- Só as crianças sabem o que procuram - disse o principezinho. - Perdem tempo com uma boneca de pano, e a boneca se torna muito importante, e choram quando ela lhes é tomada...
- Elas são felizes...- disse o manobreiro.

sábado, 19 de julho de 2008

Um passeio pela praça...



É incrível como fico muito mais feliz com coisas simples...


Um passeio pela praça, férias, amigos, algodão doce, pipoca, balão de gás, chafariz, gangorra, pizza, demora, música anos 80...

VIVA a criança que existe em mim!